Trump Corta Financiamento à África do Sul Alegando Confisco de Terras
Presidente dos EUA também propõe reassentar agricultores sul-africanos como refugiados
Decreto de Trump e a Suspensão de Financiamento
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto ordenando o corte da assistência financeira à África do Sul. A decisão foi comunicada pela Casa Branca na última sexta-feira (7). O governo americano também anunciou que está desenvolvendo um plano para reassentar agricultores sul-africanos e suas famílias como refugiados nos Estados Unidos.
Alegações de Confisco de Terras e Leis Racistas
Trump justificou a decisão com base na alegação de que “a África do Sul está confiscando terras” e que “certas classes de pessoas” estão sendo tratadas de maneira injusta, sem, no entanto, apresentar evidências concretas. Elon Musk, empresário sul-africano naturalizado americano, apoiou a declaração ao afirmar que sul-africanos brancos foram vítimas de “leis racistas de propriedade”.
Resposta da África do Sul
Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, rebateu as acusações e defendeu a recente política de desapropriação de terras aprovada pelo governo. Segundo Ramaphosa, a política tem como objetivo corrigir as desigualdades históricas causadas pelo colonialismo e apartheid. Ele enfatizou que nenhuma terra foi confiscada até o momento e declarou que a África do Sul “não será intimidada”.
Contexto Internacional e Atritos com Washington
A relação entre os dois países se deteriorou ainda mais após a África do Sul apresentar na Corte Internacional de Justiça uma acusação contra Israel por genocídio durante os ataques em Gaza. A Casa Branca criticou a postura do governo sul-africano, que considera hostil a Washington e seus aliados.
Legado do Apartheid e a Disputa pela Terra
A questão da posse de terras permanece um tema sensível na África do Sul. Durante o regime colonial e o apartheid, a população negra foi despojada de suas terras e direitos. Atualmente, proprietários brancos possuem cerca de 75% das terras agrícolas, enquanto negros detêm apenas 4%, apesar de representarem 80% da população. Esses dados refletem uma profunda desigualdade ainda não superada.
Créditos: Reuters
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Por Redação JBR News
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