A Petrobras está investindo em aquisições estratégicas de campos de petróleo em países africanos, como Angola, Namíbia e África do Sul, para expandir suas reservas e mitigar o declínio previsto na produção a partir de 2030. A diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia Anjos, revelou a estratégia durante a India Energy Week, realizada em Nova Déli.

A estatal brasileira já iniciou diálogos com empresas multinacionais como ExxonMobil, Shell e TotalEnergies, suas parceiras no Brasil. Essa aproximação visa explorar novas fronteiras e diversificar o portfólio da empresa.

Retorno à África
Em 2024, a Petrobras retomou operações no continente africano. Em fevereiro, concluiu a aquisição de participações em três blocos exploratórios em São Tomé e Príncipe, com participação de 45% em dois blocos e 25% no terceiro. Em outubro, a empresa obteve aprovação para atuar na África do Sul, adquirindo participação no bloco Deep Western Orange Basin (DWOB).

Exploração Nacional e Controvérsias
No Brasil, a Margem Equatorial, no litoral norte, é vista como uma das principais frentes de exploração. Contudo, a autorização do Ibama é necessária, enfrentando resistência de ambientalistas devido aos impactos no clima. Outro ponto de interesse é a Bacia de Pelotas, no litoral sul, atraída por semelhanças geológicas com áreas exploratórias africanas.

Expansão na América do Sul e EUA
Além da África, a Petrobras também avança na América do Sul e nos Estados Unidos. Na Colômbia, a descoberta da maior reserva de gás do país, o poço Sirius-2, pode triplicar as reservas atuais. Na Bolívia e Argentina, a estatal segue operando campos significativos de gás e petróleo.

Nos EUA, a Petrobras participa de operações em águas profundas no Golfo do México, reforçando sua atuação global.

Produção e Reservas
Em 2024, a Petrobras produziu 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia, com 80% originados do pré-sal. Suas reservas provadas totalizam 11,4 bilhões de barris, destacando a importância de investir em novas fronteiras para garantir a sustentabilidade da produção.

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Redação JBR News

Créditos: Agência Brasil