Lula critica descaso com patrimônios históricos
Após desmoronamento de igreja em Salvador, presidente pede revisão nas propostas de tombamento e cobra responsabilidade financeira.
Desmoronamento expõe falhas no planejamento
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou críticas à falta de planejamento orçamentário para a preservação de patrimônios históricos no Brasil. A declaração ocorreu após o desmoronamento da Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador, um incidente que o presidente classificou como reflexo do descaso na gestão de bens tombados.
Durante entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, Lula afirmou:
“Precisamos rever isso e ter responsabilidade ao fazer um tombamento, visando sua manutenção. Caso contrário, vai ter muita coisa tombada no Brasil caindo.”
Ação federal e solidariedade às vítimas
Lula mencionou que já instruiu a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a visitarem Salvador e tomarem providências sobre o caso.
“Lamento pela queda da igreja. Toda minha solidariedade às pessoas vítimas desse incidente”, declarou o presidente.
Tombamentos sem orçamento são alvo de críticas
O presidente destacou a importância de que as propostas de tombamento venham acompanhadas de recursos destinados à manutenção dos bens históricos. Ele citou sua experiência com a recuperação da Praça dos Três Poderes, em Brasília, após os atos de vandalismo em 8 de janeiro de 2023, como exemplo das dificuldades financeiras envolvidas.
“Quando a gente tomba, estamos preservando a história e a cultura, mas depois constatamos que não há dinheiro, seja do governo federal, estadual ou municipal.”
Chamado à responsabilidade na preservação histórica
Lula ressaltou que o problema ocorre em várias partes do Brasil, mencionando estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Segundo ele, muitos prédios tombados acabam abandonados devido à falta de planejamento financeiro adequado.
“Vejo um monte de prédio tombado na Bahia, em Pernambuco. Mas o cidadão que fez o tombamento não coloca orçamento para conservação. Tomba, e a coisa vai apodrecendo, envelhecendo, caindo.”
Ele reforçou a necessidade de maior responsabilidade dos proponentes de tombamentos para garantir a preservação desses patrimônios.
Créditos: Agência Brasil
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Por Redação JBR.NEWS
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