CGU alertou o INSS sete meses antes da operação da PF, mas o órgão ignorou os avisos. Entenda como o esquema funcionava e quem são os envolvidos.

O que aconteceu?

A Controladoria-Geral da União (CGU) alertou a cúpula do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em setembro de 2024 sobre desvios bilionários de benefícios de aposentados e pensionistas. Sete meses depois, a Polícia Federal deflagrou a Operação Sem Desconto, revelando que associações descontaram ilegalmente R$ 6,3 bilhões de aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024 .​

Como funcionava o esquema?

Entidades de classe, como associações e sindicatos, firmavam Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com o INSS, permitindo descontos de mensalidades associativas diretamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas. Porém, a CGU identificou que 97% dos beneficiários entrevistados não autorizaram esses descontos.

O que diz o governo?

O governo federal prometeu ressarcir integralmente os aposentados e pensionistas afetados pelos descontos ilegais. Os repasses às entidades foram suspensos, e um plano de devolução será apresentado. Alessandro Stefanutto, ex-chefe do INSS, foi demitido, e a operação abrangeu 13 estados, com suspeitas de fraude em associações.

Conclusão

A fraude bilionária no INSS evidencia falhas graves na fiscalização e na proteção dos direitos dos aposentados e pensionistas. É essencial que medidas sejam tomadas para evitar que situações como essa se repitam e garantir que os beneficiários recebam o que lhes é devido.

À Redação JBR