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Collor Preso: Fim da Linha para o Primeiro Presidente Impeachmado do Brasil

Ex-presidente é preso em Maceió após condenação no caso Lava Jato. Justiça fecha o cerco 30 anos depois do escândalo que marcou uma geração.

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Nesta semana, o Brasil testemunhou um capítulo histórico: o ex-presidente Fernando Collor de Mello, sim, aquele mesmo do “cara-pintada” e do confisco da poupança nos anos 90, foi finalmente preso. A decisão veio direto do Supremo Tribunal Federal (STF), com a canetada de Alexandre de Moraes, após o tribunal confirmar a condenação de Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.

A pena? 8 anos e 10 meses de prisão.

De herói jovem a ficha suja

Collor foi eleito presidente em 1989 com um discurso moderno, de combate à corrupção e promessa de “caçar marajás”. O Brasil embarcou na onda do primeiro presidente eleito por voto direto pós-ditadura. Mas a lua de mel durou pouco. Em 1992, o impeachment bateu à porta após denúncias de corrupção envolvendo o famoso PC Farias, seu tesoureiro de campanha.

Saiu pela porta dos fundos. E parecia que a história tinha acabado ali.

Spoiler: não acabou.

Lava Jato entrou em cena

Collor reapareceu na política como senador por Alagoas e, pasme, mesmo após o impeachment, conseguiu manter o foro privilegiado. Isso adiou bastante a resposta da Justiça. Mas a Lava Jato – aquela mesma que sacudiu Brasília – escancarou que Collor não tinha largado os velhos hábitos.

Segundo o Ministério Público Federal, ele usou seu cargo no Senado para favorecer empresas em contratos com a BR Distribuidora, braço da Petrobras. Em troca? Milhões em propina. Luxo, carros importados, mansões — aquele padrão Collor de ostentação.

O que muda agora?

Collor foi preso, mas o caso vai muito além de uma revanche histórica. A prisão dele mostra que o sistema, mesmo engasgado, ainda engole gente graúda. É raro, mas acontece. Serve de alerta para uma geração de políticos que se acostumou a escapar pela tangente.

E por que isso importa?

Porque a impunidade política no Brasil tem prazo de validade. Mesmo que demore — e convenhamos, demorou MUITO —, a conta chega. Collor caiu duas vezes: nas urnas e na Justiça. Isso não apaga o que o país passou com ele no poder, mas manda um recado claro: ninguém está acima da lei.

À Redação JBR

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