A Crise da Saúde em Guarulhos
A Crise da Saúde em Guarulhos: Promessas que Não Saem do Papel
Guarulhos vive um cenário crítico em sua rede pública de saúde. Promessas de renovação e avanços esbarram em uma realidade de abandono e falta de gestão. Enquanto o prefeito prometia revolucionar a saúde nos primeiros 100 dias de mandato, a população enfrenta um cotidiano de filas intermináveis, ausência de médicos e medicamentos, além do descaso com estruturas prontas, mas inutilizadas.
O caso mais emblemático é a UBS do Água Azul. Com uma estrutura moderna e aparentemente preparada para atender a comunidade, a unidade permanece fechada há meses. A consequência? Moradores precisam buscar atendimento em outras unidades já sobrecarregadas, como a UBS Nova Bonsucesso, onde as condições precárias são visíveis a olho nu.
“Como Pode Estar Fechada?”
O sentimento de abandono é unânime. “A UBS está ali, pronta, mas trancada. Enquanto isso, a gente tem que se virar na Nova Bonsucesso, onde falta tudo”, desabafa uma moradora do bairro Água Azul.
A situação na Vila Carmela e no Bambi também não é diferente. Em unidades que deveriam ser um alívio para a população, faltam médicos e até mesmo remédios básicos. “Já é difícil conseguir consulta, mas quando conseguimos, nem o remédio receitado está disponível. É desesperador”, relata um morador da Vila Carmela.
Profissionais da saúde também sofrem com a sobrecarga. Um funcionário da UBS Nova Bonsucesso descreveu a rotina como “insuportável”: “Faltam recursos, faltam condições mínimas para atender. E quem sofre mais é a população.”
Promessas Vazias, Realidades Amargas
Ao assumir o cargo, o prefeito pediu 100 dias para trazer soluções à saúde pública. Contudo, em menos de 10 dias, a realidade já desafia as promessas. A inauguração de novas unidades como a UBS do Água Azul é urgentemente necessária, mas permanece engavetada.
Enquanto isso, o estado de unidades históricas como a UBS Bambi, que deveria ser fortalecida, expõe a fragilidade do sistema. A precariedade dessas unidades é reflexo de anos de abandono somados à inércia da nova gestão.
Uma Questão de Prioridade
Com 92 dias restantes no prazo estabelecido pelo prefeito, a paciência dos moradores se esgota rapidamente. A mensagem da população é clara: saúde não pode esperar. Cada dia em que a UBS do Água Azul permanece fechada é um dia de sofrimento para os moradores que dela dependem.
A indignação cresce. “É revoltante ver uma estrutura nova abandonada enquanto a gente sofre em filas sem fim. Não é só falta de planejamento, é falta de respeito com a gente”, afirma um cidadão, representando o sentimento de muitos.
As UBSs continuarão sendo um símbolo de abandono, ou veremos finalmente uma mudança real?
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